segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Convite para uma ciranda poética em torno de uma gravura de Samico

-





"Durante uma palestra sobre alguns artistas visuais que usaram as gravuras de Gilvan Samico como mote para seus trabalhos, me dei conta de que nunca uma xilo sua tinha sido aproveitada num cordel. Resolvi inverter a questão propondo um cordel que ilustrasse uma de suas obras. Escolhi a xilogravura O Diálogo e fiz, para abrir a corrente, três estrofes.

A idéia é que participem poetas populares ou de formação erudita, dando uma interpretação à imagem. Pode ser uma história, pode ser um comentário. Pode ser elogioso, crítico ou neutro. Pode fazer referência aos versos anteriores e lhes dar seqüência, ou não. Pode repetir o refrão ou mudá-lo. Pode escolher a forma, contanto que seja uma das normalmente usadas nos folhetos: quadra, sextilha, septilha, oitava, quadrão, décima, galope à beira-mar, martelo, redondilha ou carretilha.

Convido, pois, os poetas de Pernambuco, do Nordeste e do Brasil a participarem desta ciranda poética, ao ritmo da música nas imagens de Samico."

(Retirado de INTERPOÉTICA)

TIAGO BUARQUE [10/08/2008]

Quando os sexos opostos
Puderem dialogar
Dispostos a se entender
Querendo se ajudar
O mundo melhorará
Mais do que o planejado
Um rio de paz derramado
Na humanidade inteira
Que na gravura em madeira
Esse Samico é um danado.

Um comentário:

Anônimo disse...

mas se os sexos opostos
não puderem dialogar
sem conseguir se entender
sem ao outro ajudar
o mundo piorará
como em volta tem ficado
muito sangue derramado
na humanidade inteira
e no cachão de maderia
o Samico está enterrado.